Secretaria de Estado para os Assuntos Sociais e Cultura da Região Administrativa Especial de Macau diz que o português é visto pelo governo de Macau como uma porta para a Lusofonia.
Macau tem um papel muito ativo no contexto da rede da Grande Baía. Rafael Gama, assessor do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura da Região Administrativa Especial de Macau, explicou isso mesmo nesta conferência da Plataforma Azul, salientando também a importância da Língua Portuguesa.
“A Macau foram confiadas três missões essenciais, que ajudam a perceber o que Macau representa no contexto nesta rede da Grande Baía. Em primeiro lugar foi confiado a Macau o papel de ser uma plataforma entre a China e os países de língua portuguesa para desenvolvimento de relações comerciais. Mais tarde foi também confiado o papel de ser um centro mundial de turismo e lazer e por último o de ser uma base de cooperação e intercâmbio entre as diversas culturas. Estas três missões ajudam a compreender o que Macau é hoje e foram determinantes para mudar a perceção de como a língua portuguesa era entendida na região”, começou por dizer Rafael Gama, revelando logo depois alguns números sobre o ensino do português em Macau.
“Aquilo que fomos assistindo nesta pequena cidade, ao longo dos anos, no âmbito do ensino primário e secundário, foi uma inversão dos números e o aumento do interesse pela procura do ensino da língua portuguesa. Nos últimos cinco anos cresceu 28%, por exemplo. O número de escolas nas quais se pode aprender português manteve-se estável até 2010 e a partir daí disparou. Por exemplo, nos últimos cinco anos são mais 12,5% as escolas onde se pode aprender português nesta cidade. Macau é a única cidade da China onde a língua portuguesa é também língua oficial o que nos dá uma porta de entrada ao mundo lusófono para a Grande China. Neste momento, em Macau o ensino da língua portuguesa é visto como uma constelação de oportunidades, abre um conjunto de oportunidades para a Grande Baía e para o Mundo, porque a língua portuguesa é para o governo de Macau uma porta para a Lusofonia”, concluiu.
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