CAPÍTULO ORIENTAL: APROXIMAR A ÁSIA DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DA LITERATURA

É a primeira agência literária a trabalhar entre a Ásia e os países e territórios de língua portuguesa. Chama-se Capítulo Oriental e tem como desígnio “aproximar os autores dos países de língua portuguesa deste continente, bem como levar alguns escritores asiáticos até Portugal, ao Brasil e a outras paragens”, indica Hélder Beja, director do projecto.

A Capítulo Oriental foi ontem lançada. A agência literária sediada em Macau pretende servir de ponte entre a Ásia e os países de língua portuguesa. “A literatura, como outras expressões artísticas, é um modo de entender o outro, de aproximar culturas, de pensar o mundo”, disse ao PONTO FINAL o director, Hélder Beja.

Esta é uma tentativa de “aproximar os autores dos países de língua portuguesa deste continente, bem como levar alguns escritores asiáticos – incluindo escritores de Macau – até Portugal, ao Brasil e outras paragens”, explicou o director da agência, acrescentando: “Parece-nos que a literatura, como outras expressões artísticas, é um modo de entender o outro, de aproximar culturas, de pensar o mundo. Se pudermos dar um pequeno contributo para isso, já será bom”.

“Se pensarmos que, à excepção de um ou outro autor japonês, coreano e chinês, quase nada se conhece da literatura asiática no mundo que fala português, e se fizermos o exercício em sentido oposto, julgo que facilmente chegamos à conclusão que um projecto deste género faz todo o sentido”, indicou Hélder Beja, acrescentando que “havia sem dúvida um espaço para trabalhar e, do nosso lado, uma vontade de fazer isto”.

Esta agência, agora fundada, vai trabalhar principalmente entre a Ásia e os países e territórios de língua portuguesa, representando mais de 60 autores de Macau, China, Brasil, Moçambique e Portugal, por exemplo. A agência representa autores como Lijia Zhang, Hong Yin ou  Yu Jian, da China; Rui Rocha, Luís Mesquita de Melo, de Macau; Patrícia Reis, Rui Zink, João Tordo, Bruno Vieira Amaral ou Francisco José Viegas, de Portugal; Felipe Franco Munhoz, do Brasil; e Abraão Vicente, de Cabo Verde.

“Com algumas excepções, o ponto em comum que une estes autores é o facto de, num momento ou noutro, se terem cruzado comigo, com a Helena Ramos ou com a Annie Wang, as outras duas pessoas que estão a trabalhar para este projecto. Foi essa rede de contactos que desenvolvemos ao longo dos anos que nos permitiu chegar aqui e lançar a agência com tantos e tão bons autores”, explicou.

Em paralelo, a Capítulo Oriental lança um selo editorial que vai publicar, sobretudo, obras de autores de Macau ou que se dediquem a escrever sobre o território, bem como antologias multilingues com autores dos espaços de língua portuguesa e chinesa. “Sobretudo dedicada a autores de Macau, porque é essa a nossa vocação enquanto editora: trabalhar com e sobre a cidade, editar aqui em papel e para o mundo em ebook, e fazer edições cuidadas, com qualidade e alguma relevância. Depois, estamos também apostados em fazer antologias trilingues de autores do espaço de língua portuguesa. Isso acabará por acontecer”, garante Hélder Beja.

Os primeiros títulos a serem publicados são da autoria de dois autores de Macau: “A Humidade dos Dias”, em português, de Luís Mesquita de Melo, a ser lançado já em Março, e “Vidro Imaculado”, livro trilingue de poesia, em chinês, inglês e português, de Jenny-Lao Phillips, com publicação agendada para Abril, indica a recém-criada agência.

Além disso, a Capítulo Oriental oferece ainda serviços de tradução entre o chinês, inglês, português e outros idiomas, maioritariamente para publicações de arte e instituições artísticas, escolas e universidades, e também traduções literárias para editoras e autores.


Fonte: Ponto Final

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